quarta-feira, 31 de julho de 2013

Felis margarita, o gato do deserto

O  (Felis margarita), popularmente gato do deserto ou gato areia, é o menor membro do gênero Felis (Um gênero dentro dos Felídeos que abrigam 6 espécies de felinos de menor porte, comumente chamados de "gatos" incluindo o doméstico).
Alcançam apenas 50 cm de comprimento (cabeça e corpo), mais 30 cm da cauda. Os maiores machos chegam aos 3.5 kg de peso. É um felino bem adaptado à vida em desertos arenosos como os do Saara, Arábia, Irã, Afeganistão, Turcomenistão e Paquistão. É encontrado nas zonas menos áridas destas regiões.


Os gatos-do-deserto são fundamentalmente solitários, mas não territoriais. É comum que vários indivíduos frequentem os mesmos refúgios, ainda que nunca os compartilhem ao mesmo tempo. Durante a época de reprodução, que varia de uma região para outra, os machos atraem as fêmeas com uma espécie de latidos para incitá-las para a cópula.
Entre 59 e 63 dias depois do acasalamento, as fêmeas parem uma ninhada de uma a oito crias, normalmente quatro ou cinco. Apresentam un crescimento rápido e aos 6-8 meses de idade já são independentes, ainda que só atinjam a maturidade sexual por volta do primeiro ano de idade. Não se sabe ao certo a sua esperança de vida em liberdade, mas em cativeiro podem chegar aos treze anos.



Gatos areia em cativeiro são altamente sensíveis a doenças respiratórias e infecção do trato respiratório superior é a principal causa de morte em adultos. Como são muito suscetíveis a infecções respiratórias são mantidos em recintos muito áridos onde a umidade e a temperatura não oscile quando em cativeiro.

Em 20 de janeiro de 2010, foram registrados 26 gatos do deserto em cativeiro nos Estados Unidos. Em maio de 2010, o Al Ain Wildlife Park & Resort (AWPR) anunciou o primeiro nascimento da história de dois gatinhos depois de uma fecundação in vitro e procedimento de transferência de embriões em suas instalações.

Extintos no território de Israel, levou o Zoo de Jerusalém a começar um projeto de reintrodução da espécie. Um gabinete de aclimatação foi construído, utilizando o dinheiro do Zoo do Prof Shulov Fundo para o Estudo de animais em cativeiro, em um Kibutz no deserto de Arava . Após a construção do recinto, os primeiros indivíduos foram transferidos para a aclimatação, e pouco depois foram soltos na natureza. O monitoramento destes gatos após a sua libertação foi conduzida pela equipe Ecologia Criativa no Kibutz Lotan, e por Israel Natureza e Parques Nacionais Proteção Authority (INNPPA) rangers. O programa de reintrodução não conseguiu os adaptá-los, os animais não sobreviveram.


A cabeça é larga, algo que o torna inconfundível em relação a outras espécies similares, e as orelhas também possuem grandes dimensões. Isto melhora a sua audição e a perda de excesso de calor através delas (uma técnica comum entre os pequenos mamíferos desérticos como a lebre-da-califórnia ou as raposas-do-deserto). A pelagem é de cor de areia, com poucas riscas mais escuras o que o torna praticamente invisível quando camuflado entre arbustos secos, fendas de rochas e tocas na areia. A ponta da cauda também possui coloração escura. Ao contrario de outros felinos, a planta dos pés está coberta totalmente de pêlo a fim de as proteger em relação ao contato com a areia quente do deserto.

Apresenta hábitos preferencialmente crepusculares ou noturnos, passando as horas mais quentes do dia protegendo-se entre as rochas. Exímio caçador alimenta-se de roedores (gerbils, ratos), lebres, aves e insetos. E não se deixe enganar por essa carinha de fofinho, são excelentes caçadores de serpentes (incluindo víboras venenosas), lagartos, aranhas e insetos. Sofrem predação de chacais e aves Strigiformes (Corujas e Mochos)


Tem-se documentado o seu desaparecimento em alguns lugares devido o introdução de gatos domésticos abandonados em seu habitat, devido a quantidade de predadores na mesma região as presas já escassas do deserto e das montanhas acabam sendo muito poucas para a manutenção da espécie.
A caça do gato do deserto é proibida na Argélia, Irã, Israel, Cazaquistão, a Mauritânia, Niger, Paquistão e Tunísia.
Não existe proteção legal oferecida pelo Egito, Mali, Marrocos, Omã, Arábia Saudita, ou Emirados Árabes Unidos, com isso são caçados para comercialização de peles; também se vendem animais capturados como mascotes de forma ilegal.
A espécie se encontra no status de "Quase ameaçada" na lista de espécies segundo a convenção CITES.