sábado, 19 de janeiro de 2013

Risiocnemis seidenschwarzi, a libélula das Filipinas clama por socorro

(Risiocnemis seidenschwarzi) ou como é mais conhecida, Libélula das Filipinas, é uma espécie de libélula da família Platycnemididae. Foi descoberta apenas a 10 anos atrás, e um ano após ter sido catalogada toda a área foi comprada por um fazendeiro. É endêmica das Filipinas. Os seus habitats naturais são rios. Está ameaçada por perda de habitat para a agricultura, e por negligência humana.




A Libélula das Filipinas é classificada como criticamente ameaçada pela Lista Vermelha de espécies ameaçadas, inventário mais abrangente do mundo, do estado de conservação global de espécies vegetais e animais mantidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. A tendência da população foi diminuindo na última avaliação, ou seja, seus números estão em drástico declínio na natureza.


                               



Atualmente essa espécie só existe em uma área de 30 metros quadrados na ilha de Cebu, nas Filipinas, seu habitat original foi destruído pelo fazendeiro que se mudou para o local e usava pesticidas regularmente. Segundo estimativas se mantiverem o mesmo ritmo sem proteção, essa espécie estará totalmente extinta em 2020.



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Uncia uncia, o desconhecido caçador das neves

O Leopardo-das-neves (Uncia uncia) é um felino que habita as grandes altitudes da Ásia central, principalmente o Tibete, o Nepal, a Índia, o Paquistão, o Himalaia e o monte Everest. Pouco se sabe a respeito desse animal arredio e solitário, que raramente é visto por seres humanos. Estes animais são caçadores oportunistas, que podem predar desde um Yak (que pesa mais de 200 kg) até um pequeno veado almiscarado (que pesa somente 10 kg). Podem também predar aves como o faisão ou as pequenas marmotas. Trata-se de um animal pouco estudado, devido a seus hábitos reservados, poucos exemplares, distribuição esparsa e dificuldade das condições do seu habitat. São animais que medem, de cabeça e corpo até 1300mm e a cauda que chega a 1000mm.



Os leopardos das neves estão distribuídos pelas montanhas da Ásia Central, com uma população de tamanho desconhecido. Habitam zonas alpinas e sub-alpinas, são encontrados em áreas acima de 3000m do nível do mar. Durante o verão, podem ser encontrados em altitudes superiores a 5000m. Geralmente estão associados com ambientes áridos e semi-áridos. Fêmeas podem pesar até 40 kg e machos até 55 kg. A sua coloração varia do cinza claro ao cinza escurecido, com as partes inferiores quase brancas. Todo seu corpo é recoberto por rosetas e manchas. A cabeça é relativamente pequena e o pêlo é bastante longo.




A espécie possui de 4.500 a 7.500 espécimes na natureza, é alvo constante da caça clandestina. Uma pesquisa descobriu mais espécimes nos arredores do nordeste afegão. Essa espécie está cataloga como ameaçada. Os bebês (em média 3), nascem em abrigos nas rochas, após um período de gestação de aproximadamente 103 dias. Pesam ao nascer aproximadamente 450g e abrem os olhos após 7 dias. Começam a ingerir alimento sólido aos 3 meses de idade.





Curiosidade: Durante séculos, o leopardo das neves tem sido alvo de mistério e folclore. Por exemplo, as pessoas dos vilarejos da Ásia Central acreditam que os leopardos das neves não comem a carne das suas presas, alimentando-se apenas do seu sangue (esta crendice é explicada pelos pequenos orifícios deixados pelos caninos dos leopardos, quando eles sufocam suas vítimas e pelos exemplos do abandono da presa antes da alimentação, quando os animais são molestados pelos nativos)

 


                                 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Ailurus fulgens, o panda vermelho

O panda-vermelho (Ailurus fulgens) , também conhecido como raposa-de-fogo ou gato-de-fogo, é um pequeno mamífero arborícola e a única espécie do gênero Ailurus. O panda-vermelho é nativo das regiões montanhosas do Himalaia e do sul da China, e está associado às florestas temperadas de altitude e a bambuzais. Possui uma coloração castanho-avermelhada característica, cauda comprida e felpuda e um andar gingado devido ao encurtamento dos membros dianteiros. É um animal solitário, territorialista e de hábito crepuscular e noturno. Sua alimentação é principalmente composta por bambu; entretanto, por ser onívoro, pode ingerir ovos, pássaros, insetos e pequenos mamíferos.






Está em perigo de extinção, devido à destruição do habitat pela expansão humana, da agricultura, da pecuária e do extrativismo de recursos naturais. A caça ilegal também é outro importante fator que contribui para a diminuição da população de pandas. É um animal comum em zoológicos, principalmente da América do Norte e Europa, reproduzindo-se bem em cativeiro. Os pandas-vermelhos são encontrados principalmente em florestas temperadas, entre 2 200 e 4 800 metros de altitude, nos Himalaias, principalmente na região dos contrafortes ocidentais no oeste do Nepal, sul do Tibete, Sikkim, Assam e Butão, e em montanhas do norte de Mianmar e do sul da China, nas províncias de Sichuan (Montanhas Hengduan) e Yunnan (Montanhas Gongshan). A existência de pandas-vermelhos no sudoeste do Tibete e no norte de Arunachal Pradesh é muito provável, mas ainda não foi documentada. Ele foi extinto nas províncias chinesas de Guizhou, Gansu, Shaanxi e Qinghai.

Sua presença nas montanhas do sul da China constitui um refúgio durante a última glaciação. Na China, o panda-vermelho e o panda-gigante convivem nas montanhas de Qionglai, Minshan, Xiangling, e Liangshan na província de Sichuan. Pandas-vermelhos habitam regiões de temperatura moderada (10-25 °C) com poucas mudanças anuais e preferem áreas montanhosas arborizadas, principalmente compostas por florestas coníferas e caducifólias, especialmente com árvores antigas e obviamente, com bambuzais.





Os pandas-vermelhos apresentam um comprimento moderado, com uma cauda relativamente longa e felpuda, marcada com cerca de 12 anéis alternando círculos vermelhos e camurças. A cabeça é arredondada, o focinho curto, e as orelhas grandes, eretas e pontiagudas. Apresenta uma grossa pelagem sobre o corpo. Na região ventral a pelagem é macia, lanosa e densa. A face é predominantemente branca com marcações lacrimais castanho-avermelhadas abaixo dos olhos. A pelagem do dorso também é castanho-avermelhada, enquanto que ventralmente é de um negro uniforme. Os membros são negros e as solas dos pés e mãos são cobertas com pêlos densos de coloração branca. Não há dimorfismo sexual na coloração e no tamanho de machos e fêmeas.


Os pandas-vermelhos são animais crepusculares (mais ativos ao amanhecer e ao entardecer) e noturnos, passando o dia dormindo nos ramos das árvores ou em tocas. Eles são sensíveis ao calor e sua temperatura ideal é entre 17 e 25 °C. Eles não toleraram temperaturas maiores que 25 °C. Como resultado os pandas-vermelhos dormem durante as horas mais quentes do dia nas copas sombreadas das árvores, muitas vezes ficando esticados nos galhos bifurcados, ou então em tocas.




Os pandas-vermelhos são animais muito hábeis e acrobáticos, vivendo predominantemente nas árvores. Habitam áreas territoriais demarcadas e são freqüentemente solitários, raramente vivendo em casais ou em grupos familiares. Procuram alimento à noite, correndo ao longo do solo ou pelas árvores com velocidade e agilidade e, depois de encontrar comida, usam as suas patas dianteiras para colocar o alimento em suas bocas. Os pandas-vermelhos bebem mergulhando a sua língua na água e lambendo-a. Seus principais predadores são leopardo-das-neves (Uncia uncia) e os humanos. Se um panda-vermelho se sentir ameaçado ou em perigo, embora normalmente silencioso, eles podem produzir uma série de gorjeios curtos. Quando aborrecidos, os pandas-vermelhos podem emitir assovios e uma série de bufos. Eles muitas vezes tentam correr para cima de uma coluna de rocha inacessível ou uma árvore. Se não puderem mais fugir, eles ficam em pé em suas patas traseiras, que os faz parecer mais altos para intimidar o agressor e lhes permitir a possibilidade de usar as garras semi-retráteis e afiadas nas suas patas dianteiras, que podem infligir feridas substanciais. Os pandas-vermelhos são amistosos, mas não indefesos, e atacam quando se sentem ameaçados.



(Panda vermelho fica em pé para parecer maior e se defender)


O panda-vermelho, apesar de ter um sistema digestivo mais adequado a uma dieta carnívora, é um animal onívoro que se alimenta maioritariamente de bambu apesar de não poder digerir a celulose, portanto deve consumir uma grande quantidade de bambu para sobreviver. A sua dieta consiste de aproximadamente dois terços de bambu, e ele a suplementa com bagas, frutos, cogumelos, raizes,bolotas, líquens e gramíneas, além de se alimentarem ocasionalmente com filhotes de pássaros, ovos, pequenos roedores e insetos. Em cativeiro, também se alimentam de carne. Os pandas-vermelhos são excelentes escaladores e forrageiam basicamente em árvores.



                                               



Pandas-vermelhos adultos raramente se interagem fora da estação de acasalamento. Ambos os sexos podem se acasalar com mais de um parceiro durante a estação. O acasalamento ocorrem entre meados de janeiro até o começo de março (período do inverno), e os filhotes nascem entre junho e o final de julho (primavera e verão). O período de gestação varia de 112 a 158 dias, e a fêmea dá à luz entre um a quatro filhotes, que nascem cegos e pesando 110-130 gramas. Alguns dias antes do nascimento a fêmea começa a reunir material, como capim e folhas para usar na confecção do ninho. O ninho é normalmente localizado em uma árvore oca ou uma fenda de rocha.

Após o parto, a fêmea limpa os filhotes e deste modo estabelece um elo olfativo com cada filhote. Nos primeiros dias, ela permanece cerca de 60 a 90% do seu dia junto aos recém-nascidos. Após uma semana, ela já passa mais tempo fora do ninho, retornando apenas algumas horas por dia para alimentá-los e limpá-los. Os filhotes abrem os olhos com 18 dias de idade, e com 90 dias já apresentam a coloração típica para a espécie, e ingerem os primeiros alimentos sólidos aos 125-135 dias. A ninhada permanece no ninho durante doze semanas. Depois deixam-no, mas permanecem com sua mãe, sendo desmamados aos 6-8 meses de idade.

Os machos só muito raramente ajudam com a criação da nova geração e somente se eles viverem em pares ou em pequenos grupos. Os pandas-vermelhos começam a ficar sexualmente maduros aos 18 meses de idade. O seu tempo de vida médio é 8-10 anos, mas podem atingir um máximo de 15 anos. Há um registro de um animal cativo na China que atingiu 17 anos e 6 meses de vida.





O panda-vermelho é classificado como sendo vulnerável. A população foi estimada em menos de 2 500 animais adultos em 1999, e entre 16 mil e 20 mil em 2001. As principais ameaças ao panda-vermelho são perda do habitat pela agricultura, pecuária e desmatamento, caça ilegal e mudanças na dinâmica das espécies nativas. A importância relativa destes diferentes fatores varia entre as diferentes regiões que o panda-vermelho é encontrado e não está muito bem compreendida. O panda-vermelho é protegido em todos os países nos quais vive e sua caça é considerada ilegal. No sudoeste da China, o panda-vermelho é caçado pela sua pelagem e especialmente por sua cauda felpuda altamente valiosa, da qual são produzidos chapéus. Nessas áreas, a pele muitas vezes é usada para cerimônias culturais e em casamentos. Os "chapéus" são tidos como amuletos de boa sorte e usados pelos chineses recém-casados. Até recentemente, pandas-vermelhos eram capturados e vendidos a jardins zoológicos, O número de pandas também é variado, na China estima-se entre seis e sete mil indivíduos, na Índia, entre cinco a seis mil, e no Nepal, umas poucas centenas. Não há registros do Butão, nem de Mianmar.

- Curiosidade: O animal que inspirou o famoso ícone do navegador "Mozilla Firefox" nada mais é do que um Panda Vermelho!


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Monodon monoceros, o unicórnio dos mares polares

O narval (Monodon monoceros)é um mamífero cetáceo pertencente à família Monodontidae, que também inclui a beluga. O narval é um cetáceo característico das águas frias em torno do Círculo Polar Ártico. O narval é um cetáceo de grande porte, com 4 a 5 metros de comprimento e cerca de 1,5 toneladas de peso. Tem uma coloração branca e cinza marmórea e é desprovido de barbatana dorsal. O dimorfismo sexual na espécie é bastante visível e manifesta-se no dente incisivo superior esquerdo dos machos, que se encontra enrolado em espiral e que se projeta como um chifre. Este dente é feito de marfim e pode atingir até 3 metros de comprimento, quase de metade do comprimento do animal. A presa do macho do narval é fonte de marfim de valor comercial e constitui um atrativo à caça da espécie.





Uma equipe da Universidade de Harvard e do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA descobriu que a presa forma um órgão sensorial de tamanho e sensibilidade excepcionais, tornando o apêndice um dos mais notáveis do planeta.

A descoberta aconteceu quando a equipe passou o material da presa num microscópio eletrônico e descobriu novas sutilezas da anatomia dentária do narval.

Os close-ups mostraram que 10 milhões de terminações nervosas saem do centro da presa em direção à sua superfície, em contato com o mundo exterior. Os cientistas dizem que os nervos são capazes de detectar mudanças sutis de temperatura, pressão, gradientes de partículas e provavelmente muito mais, dando ao animal uma percepção única.

Como eles têm o costume de erguer as presas no ar, os cientistas imaginam que elas poderiam servir como estações meteorológicas sofisticadas, permitindo que os bichos farejem mudanças de temperatura e pressão ligadas à chegada de frentes frias e ao congelamento de canais em meio ao gelo.




Tamanho em comparação a humano comum:





Os narvais vivem em pequenos grupos familiares de cerca de 5 a 10 indivíduos, que se reúnem em bandos maiores em zonas costeiras na época do Verão. Nestas alturas estabelece-se uma hierarquização social entre machos, através de lutas que envolvem a presa. Estes animais alimentam-se de bacalhau e outros peixes de águas frias, bem como de cefalópodes. O narval nada com frequência até grandes profundidades em mergulhos que duram até cerca de 15 minutos. A maior profundidade registada foi de 1164 metros e mergulhos até mil metros são comuns.

A população atual da espécie está estimada em cerca de 50 000 indivíduos.


(Caçador exibindo a cabeça de um Narval, cerca de um macho em 500 tem duas presas em vez de uma)


Os narvais foram e continuam a ser caçados por causa das suas presas de marfim. Na Idade Média, a espécie foi explorada pelos vikings que colonizaram a Groenlândia e que faziam do marfim de narval uma das principais exportações da colônia para a Europa. Com o desaparecimento da colônia da Gronelândia, o narval passou a ser caçado apenas pelas tribos de Inuit, que continuam com esta prática por métodos artesanais nos dias de hoje. Com a colonização do Canadá e o advento dos navios baleeiros, os narvais passaram a ser caçados em massa. Atualmente, a caça é permitida com restrições.


Curiosidades:

- As presas de narvais capturados nas águas do Ártico circulavam por toda a Europa medieval como prova da existência de unicórnios. Tais presas seriam dotadas de poderes mágicos e curativos.

                                            (Unicórnio, criatura mitológica)


- Os narvais há muito tempo serviram como principal fonte de alimento para o povo Intuit das regiões árticas. A pele do narval constitui uma importante fonte de vitamina C para esses caçadores devido a escassez de plantações nesta região.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Bubo scandiacus, a coruja carteira do gelo

A coruja-das-neves ou coruja-do-ártico (Bubo scandiacus) mede entre 53 e 65 cm de comprimento, com uma envergadura entre 1,25 e 1,50 m. Podem pesar de 1,8 até 3 kg. Apresenta dimorfismo sexual: o macho adulto é virtualmente branco puro, enquanto a plumagem das fêmeas é ligeiramente mais escura, o que lhe garante uma melhor camuflagem quando se encontra no solo fazendo o ninho. Os imaturos possuem manchas negras no abdome. As crias eclodem cobertas de uma penugem branca, que, após dez dias, escurece para um cinza que fornece melhor camuflagem. O bico da coruja-das-neves, grande e afiado, é preto e é parcialmente escondido na penugem, possuindo uma forma arredondada. A íris é amarela. As asas grandes e largas permitem à coruja-do-ártico voar rente ao solo ou acelerar em perseguição das presas. As garras compridas e curvas permitem-na capturar e matar as presas. A plumagem densa que cobre as patas protege contra o frio.

               (Macho)                                                                                      (Fêmea)
       

                                                               
                                                                   (Filhotes)


Encontrada exclusivamente na tundra, habita regiões geladas como a parte norte dos Estados Unidos, Canadá, Alasca, norte da Eurásia, além de regiões do Ártico. No inverno, migram longas distâncias para sul.

Sua localização máxima registrada ao sul compreende Texas, Georgia, a porção americana do Golfo do México, sul da Rússia, norte da China e até mesmo o Caribe. Ao contrário dos seus parentes noctívagos, a coruja-do-ártico caça quer de dia, quer de noite, uma vez que, no verão ártico, é quase sempre dia. Os ouvidos da coruja, escondidos debaixo de uma plumagem intensa, permite-lhe até ouvir pequenos mamíferos debaixo da neve. A coruja-do-ártico faz então um vôo rasante e captura a presa com as garras afiadas. As presas menores, como os lemingues, coelhos e outras aves, são mortas com um único golpe. Eventualmente pode-se observar uma coruja-das-neves se alimentando de peixes.

A coruja-do-ártico também se alimenta de carniça. Quando as populações de lemingues diminuem, as corujas-do-ártico migram em massa.




A coruja-do-ártico é uma ave solitária, silenciosa e tímida. Mas, na primavera, cada par que acasala reclama para si um território de caça por meio de guinchos que podem ser ouvidos até 10 km de distância. Durante a época de acasalamento, esta coruja torna-se agressiva quando se sente ameaçada, apesar de ao início as fêmeas poderem simular um ferimento. Na estação quente, a coruja regula a temperatura estendendo e batendo as asas. Estas aves pousam freqüentemente sobre as elevações, com os olhos semicerrados, mas sempre alertas a qualquer ruído. A corte nupcial começa nos princípios de maio; o macho efetua vôos de exibição; freqüentemente, oferece à fêmea um lemingue morto. Em vez de construir um ninho, a fêmea escava um buraco em um morro. O ciclo de procriação está ligado à dimensão da população de lemingues, sua principal presa. Os ovos são postos um a um, com vários dias de intervalo, com a última postura a ter lugar apenas alguns dias antes do primeiro ovo eclodir. A primeira cria a nascer é alimentada em primeiro lugar, podendo por isso crescer e ver seu futuro garantido. As outras crias são alimentadas consoante as disponibilidades de alimento. As crias estão aptas a voar cerca de 50 dias depois de eclodirem, aprendendo a caçar logo em seguida. Vive em média 9 anos.


O animal ficou famoso nos ultimos anos por aparições nos filmes de "Harry Potter" sendo a amiga e carteira "Edwiges". Para os fãs da série vem uma curiosidade que podem ter reparado ao longo da apresentação. Apesar de terem sido usados vários animais nas gravações, a original e a que mais aparece nas cenas, é toda branca. logo podemos afirmar que "Edwiges" era um macho!





sábado, 12 de janeiro de 2013

Betta Splendens, o famoso e briguento combatente siamês

(Betta splendens) é um peixe originário do Sudeste Asiático (Indochina) da família Osphronemidae. O Betta também é conhecido como peixe de briga siamês (Brasil) ou Combatente (Portugal) devido à sua agressividade contra peixes da mesma espécie. Esta agressividade verifica-se predominantemente entre machos da espécie, de modo que, um macho colocado junto a peixes de espécies dóceis convive sem problema. Por outro lado, se colocadas em aquários pequenos, mesmo as fêmeas se tornam agressivas, com uma delas, geralmente a maior, assumindo o papel dominante e agredindo as demais. Em cativeiro podemos oferecer alimentos industrializados, concentrados, no formato de flocos ou grânules (grãos triturados), alguns petiscos liofilizados (secos) e ainda alimentos vivos. Em seu habitat natural (charcos e plantações de arroz), o Betta splendens se alimenta basicamente de mosquitos, larvas e vermes, encontrados em abundância nesses locais. Se você tiver espaço em sua casa/apartamento, tempo e vontade, faça culturas de alimentos vivos. Eles são essenciais na dieta do Betta.




Na natureza podem ser encontrados nos campos de arrozais, regatos, e pequenos lagos. O sistema social desta espécie é um sistema territorial em que durante a época de reprodução (época das chuvas) os machos defendem um território formado em redor de um "ninho-bolha", que eles próprios constroem e mantém. As fêmeas visitam os machos que as cortejam até estas libertarem os ovos. Em seguida e após a fertilização, os machos colocam os ovos no ninho e expulsam as fêmeas do território. Este peixe tem a particularidade de respirar o ar atmosférico, graças a órgãos chamados de labirintos, que fazem com que o ar passe bem próximo da corrente sanguínea dele, proporcionando a troca de oxigênio com o sangue por meio de difusão. Por este motivo, os Bettas podem viver em águas pobres em oxigênio, mas não poluídas.

Os Bettas são muito populares entre os entusiastas de aquariofilia. As formas domésticas que atualmente se podem comprar nas lojas são o resultado de dois tipos de seleção artificial. Por um lado procurou-se produzir peixes com caracteristicas mais ornamentais, com barbatanas alongadas e corpo colorido (ver fotografia), por outro procurou-se criar peixes mais agressivos, para serem utilizados em torneios de luta (mais comum no Sudeste Asiático). Estes últimos normalmente apresentam barbatanas curtas e são de maior tamanho.


                                      


Tanto a anatomia do sexo, como a suas cores, são altamente variadas e diversas. A maioria das pessoas usam nomes Ingleses para dar nome a anatomia dos bettas, como "Double-Tail"(Bettas que tem Cauda Dupla). Os bettas possuem 4 nadadeiras, a nadadeira Dorsal(que fica em cima do dorso do animal), a nadadeira Anal (localizada na parte de baixo do dorso do animal), a "barriga", a nadadeira Ventral ou Pélvica(localizada muito proxiama a cabeça do animal) e finalmente a nadadeira caudal, é por causa dela que geralmente os "tipos" de bettas são formados, tais como :


                             
-Double tail DT (cauda dupla)


Veiltail, VT (cauda de véu)


Deltas DT (cauda delta)


Super delta Tail SDT (cauda super delta)


Halfmoon HM (cauda meia lua)


Crowntail CRT (cauda de coroa)


Plakat PKT (cauda curta)


Mas alem dos tipos de cauda, há também uma grande variabilidade nas cores, tal como:
As cores sólidas: São indivíduos de cores bem acentuadas e definidas, que não demonstram nenhuma outra coloração no mesmo espécimen. Ex.: Preto, laranja, rosa, lilas, verde, azul royal, púrpura, azul metálico, vermelha, branco, amarelo,etc..



Os bicolores: São indivíduos que no seu padrão base contêm duas cores bases, mas sem nenhum outro tipo de mancha, seja no tronco ou qualquer uma das barbatanas. Ex.: Azul/Amarelo, Azul/ Branco, Castanho/Amarelo, Vermelho/ Amarelo. Preto/ Amarelo e muitas outras.


As cores butterfly: São indivíduos que no seu padrão base contêm duas ou mais cores, e porque estes já não são chamados de bicolores, pela existência de duas ou mais cores nas diferentes partes do betta, desde que estejam bem ordenadas. Ex.: Deixem a imaginação correr com todas as cores que possam imaginar.



As cores vermelho e preto: São indivíduos que no seu padrão de cores podem ser muito variados isto é, nas cores Cambodja na totalidade dos casos o tronco do betta tem sempre uma cor mais clara em relação as cores das barbatanas, podendo esta ser da mesma cor mas mais forte ou de uma outra. Os mármores penso que não haverá qualquer dúvida em perceber que trata-se de indivíduos com o corpo e as barbatanas de cores distribuídas pelas diferentes partes do corpo, sejam elas só duas ou mais cores.

 




Thylacinus cynocephalus, o Tigre da Tasmânia e a infeliz surpresa

O tilacino (Thylacinus cynocephalus), comumente conhecido como lobo-da-tasmânia ou tigre-da-tasmânia, foi o maior marsupial carnívoro dos tempos modernos. Nativo da Austrália e Nova Guiné.
Um tilacino lembra um cachorro grande com pelo curto e um rabo firme que suavemente se estendia do corpo de certa forma similar àquele de um canguru. Muitos colonos europeus fizeram comparações diretas com a Hiena, devido a sua postura incomum e comportamento geral. Sua cobertura amarelo-marrom apresenta 13 a 21 listras escuras distintas pelas suas costas, traseira e a base de seu rabo, o que conferiu ao animal o apelido de "Tigre". As listras eram mais marcadas em espécimes mais jovens, desaparecendo à medida que o animal se tornava mais velho. Uma das listras se estendia até o exterior da coxa traseira. Seu pelo era denso e macio, com comprimento até 15 mm; em juvenis a ponta do rabo possuía uma crista. Suas orelhas arredondadas e eretas tinham comprimento de cerca de 8 cm e eram cobertas com pelo curto. A coloração variou de castanho-amarelado claro à marrom escuro; sendo a barriga bem mais clara.

Um tilacino adulto tinha comprimento de 100 a 130 cm, mais uma cauda de cerca de 50 a 65. O maior espécime medido tinha 290 cm do nariz à cauda. Adultos possuíam uma altura de 60 cm no ombro e pesavam de 20 a 30 kg. Havia um leve dimorfismo sexual com os machos em média sendo maiores que as fêmeas.





O tilacino era capaz de abrir suas mandíbulas a uma extensão incomum: até 120 graus. As mandíbulas eram musculosas e poderosas e tinham 46 dentes. O tilacino era naturalmente noturno.As pegadas do tilacino podiam ser distinguidas de outros animais nativos ou introduzidos; diferente das raposas, gatos, cães, wombats ou diabos-da-tasmânia, os tilacinos tinham uma pata traseira muito larga e quatro dedos frontais óbvios, arranjados em uma linha quase reta. As patas traseiras eram similares às patas frontais, mas tinham quatro dedos ao invés de cinco. Suas garras eram não-retraíveis. O tilacino provavelmente preferia as florestas secas de eucaliptos, pantanal, e pasto na Austrália continental. Pinturas rupestres indígenas australianas indicam que o tilacino viveu pela Austrália continental e Nova Guiné.




Na Tasmânia, preferia as florestas centrais e charneca costeira, que eventualmente se tornaram o foco primário dos colonizadores britânicos buscando campos de pasto para seus rebanhos. O padrão listrado pode ter provido camuflagem em florestas, mas também pode ter servido para propósitos de identificação. O animal possuía uma típica extensão do lar entre 40 e 80 km². Aparentemente mantinha sua extensão do lar sem ser territorial; grupos grandes demais para ser uma unidade familiar eram às vezes observados juntos. O tilacino era um caçador noturno e crepuscular, passando as horas de luz em pequenas cavernas ou troncos de árvores ocos em um ninho de galhos, casca de árvore ou folhagem de samambaias. Tinha tendência de fugir para as colinas e florestas para se abrigar durante o dia e caçava na charneca aberta à noite. Os primeiros observadores notaram que o animal era tipicamente tímido e reservado, com consciência da presença de humanos e geralmente evitando contato, apesar de ocasionalmente mostrar traços curiosos





O tilacino exclusivamente carnívoro. Seu estômago musculoso possui a capacidade de distender-se para permitir que o animal comesse grandes quantidades de alimento de uma só vez, provavelmente uma adaptação para compensar os longos períodos em que a caça era mal sucedida e o alimento escasso. Análises da estrutura do esqueleto e observações dele em cativeiro sugerem que ele separava um animal-alvo e o perseguia até ficar exausto. Alguns estudos concluem que o animal pode ter caçado em pequenos grupos familiares, com o grupo principal levando a presa na direção geral de um indivíduo esperando em uma emboscada. Caçadores o relataram como um predador de emboscada.
Entre as presas incluíam-se cangurus, wallabees, wombats, aves e pequenos animais como os Potorous e os possuns. Uma presa favorita pode ter sido o outrora comum emu-da-tasmânia.

Mas agora para quem simpatizou com o nosso novo animal, tenho uma péssima noticia. Esse animal não existe mais!

Exatamente, o Tilacino está completamente extinto. Colonos europeus acreditavam que tilacinos haviam atacado ovelhas e aves de fazendeiros. A extinção é atribuída à competição com os humanos indígenas. Os tilacinos foram extintos da Austrália continental milhares de anos antes da colonização europeia do continente, mas sobreviveram na ilha da Tasmânia junto com diversas espécies endêmicas, incluindo o diabo-da-tasmânia. A caça intensiva encorajada por recompensas por os considerarem uma ameaça aos rebanhos é geralmente culpada por sua extinção, mas outros fatores que contribuíram podem ter sido doenças, a introdução de cães, dingos e a intrusão humana em seu habitat. O último registo visual conhecido ocorreu em 1932 e o último exemplar morreu no Zoológico de Hobart em 7 de setembro de 1936. Apesar de ser oficialmente classificado como extinto, relatos de encontros ainda são reportados. Eis o registro visual do ultimo Tilacino vivo.



Este tilacino morreu em 7 de setembro de 1936. Acredita-se que tenha morrido como resultado de negligência - trancado para fora de seu local de descanso protegido, foi exposto a uma rara ocorrência de clima extremo tasmaniano: calor extremo durante o dia e temperaturas congelantes durante a noite. Este tilacino aparece na última filmagem conhecida de um espécime vivo: 3:24 segundos de filme preto-e-branco mostrando-o andando para trás e para a frente em sua área cercada em um clipe filmado em 1933 pelo naturalista David Fleay. O Dia Nacional das Espécies Ameaçadas tem sido comemorado anualmente desde 1996 em 7 de setembro na Austrália, para celebrar a morte do último tilacino oficialmente documentado.

Hoje ainda existem relatos não oficiais de aparições de Tilacinos na Austrália e em Nova Guiné, porém sem provas ele continua na lista de animais extintos desde 1936. Ele encabeça a lista de animais extintos que os cientistas sonham clonar para estudos e repovoação.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Lynx Pardinus, o Tigre Ibérico e a sua luta pela vida

O lince-ibérico (Lynx pardinus), também conhecido pelos nomes populares lobo-rabo, gato-cerval, liberne, gato-cravo ou gato-lince, é a espécie de felino mais gravemente ameaçada de extinção e um dos mamíferos mais ameaçados do mundo. Tem um porte muito maior do que um gato doméstico e o seu habitat restringe-se à Península Ibérica. Apenas existem cerca de 140 linces ibérico em liberdade em toda a Península Ibérica, O lince-ibérico só existe em Portugal e Espanha.





Apenas 2 ou 3 agregados populacionais poderão ser considerados viáveis a longo termo. A sua alimentação  é como predador de topo. O lince ibérico tem um papel fundamental no controle das populações de coelhos (sua presa favorita) e de outros pequenos mamíferos de que se alimenta, mas quando estes faltam ele come veados, ratos, patos, perdizes, lagartos, etc. O lince-ibérico seleciona habitats de características mediterrânicas, como bosques, matagais e matos densos.





É um animal essencialmente noturno. Escalador exímio. Por dia, poderá deslocar-se cerca de 7 km.
Os territórios dos machos podem sobrepôr-se a territórios de uma ou mais fêmeas.
Os acasalamentos, pouco frequentes, ocorrem entre Janeiro e Março e após um período de gestação que varia entre 63 e 74 dias nascem entre 1 e 4 crias. O mais comum é nascerem apenas 2 crias que recebem cuidados unicamente maternais durante cerca de 1 ano, altura em que se tornam independentes e abandonam o grupo familiar. Regra geral, quando nascem 3 ou 4 crias, estas entram em combates por comida ou sem qualquer motivo e acabam por sobrar apenas 2 , daí um dos seus pequenos aumentos populacionais. Não existe dimorfismo sexual entre macho e fêmea.





A principal ameaça resulta do desaparecimento progressivo das populações de coelhos (sua principal presa) devido à introdução da mixomatose (Doença que ataca os coelhos, ocorre principalmente nas áreas genitais, patas, focinho e orelhas, formando nódulos subcutâneos gelatinosos em volta das aberturas naturais) . A pneumonia hemorrágica viral, que posteriormente afetou as populações de coelhos, veio piorar ainda mais a situação do felino.

Outras ameaças:
  • Utilização de armadilhas para lebres, coelhos e ratos nas quais ele é pego.
  • Caça ilegal pelas peles e pela raridade do animal.
  • Atropelamentos acidentais
Um programa de reprodução em cativeiro está a ser desenvolvido na Espanha. Esta espécie está totalmente protegida em Portugal e Espanha.






quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Maratus volans, a pequena exibida!

A aranha pavão (Maratus volans) é uma espécie de "aranha saltadora". Esse raro aracnídeo habita a região leste da Austrália. O animal é bem pequeno, medindo em média 5 mm de comprimento, e apenas os machos possuem a cauda colorida (abas), que na verdade são extensões do abdômen usadas para exibição, no intuito de atrair fêmeas para o acasalamento, da mesma forma que os machos de pavões. O terceiro par de patas também é usado para exibição, mostrando uma escova de cabelos negros e pontas brancas.




O Zoologista Octavius ​​Pickard-Cambridge (1828-1917) observou em sua descrição original que "é difícil descrever adequadamente a grande beleza da coloração desta aranha". O nome da espécie significa "voar" em latim , porque foi o primeiro pensamento quando observaram as abas abdominais da espécie. Um mito urbano é a crença de que quando a aranha pavão está pulando, ele pode usar suas abas para estender o salto e deslizar distâncias curtas através do ar. No entanto, essa crença tem sido refutada pela Sociedade Australiana aracnológica.




Com corpos coloridos como as penas de um pavão, estas aranhas mantêm um ritual complexo de acasalamento. Os machos dançam para as fêmeas, ao se aproximarem das fêmeas, os machos vibram o abdômen, expandindo as abas que formam uma "cauda" de franjas brancas com um campo circular de cores, e também acena as pernas levantadas, ​"dançando" de um lado para outro.exibindo sua penugem de cores vibrantes. Se ela não gostar da “apresentação” dele pode ainda optar por transformá-lo em sua presa.



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Brachycephalus pernix, o pequenino Pingo D'Ouro em extinção.

O pequenino (Brachycephalus pernix), ou Sapo Pingo D’Ouro mede cerca de 11 mm, possui uma bela coloração que varia de um amarelo brilhante à laranja. A íris é completamente preta, possuem apenas dois dedos funcionais na mão e três no pé. Não possuem dentes nos maxilares nem pré maxilares, porém a pele alaranjada remete a produção de uma possível toxina que serve-lhes como defesa.





Está adaptado para viver somente nas partes mais altas da serra do Mar que freqüentemente ficam encobertas pela densa neblina que molha o ambiente, ocasião quando eles ficam ativos, durante o dia. Porém, raramente se expõem. Não existem registros da dieta desta espécie

Os anfíbios desta família não apresentam a fase de girino aquático, como a maioria. A reprodução se dá por desenvolvimento direto, fora da água, isto é, os sapinhos nascem já na forma adulta a partir dos ovos depositados embaixo das folhas, galhos e troncos das árvores caídas, em decomposição, no chão da floresta.






É uma espécie endêmica do Brasil. Descoberta em 1988. Os seus habitats naturais são regiões subtropicais ou tropicais úmidas de alta altitude. Está ameaçada de extinção por perda de habitat.



segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Chelonoidis nigra abingdoni, nosso finado George Solitário

Hoje venho com uma reflexão, não somente a apresentação de uma espécie a todos os leitores, essa espécie simplesmente a partir do meio no ano passado simplesmente deixou de existir na natureza. Mas vamos ver como tudo isso aconteceu ao nosso velhinho amigo que conseguiu ser "só e mal acompanhado ao mesmo tempo!"




A tartaruga-das-galápagos-de-pinta (Chelonoidis nigra abingdoni) foi uma subespécie de tartaruga terrestre endêmica da ilha de Pinta, nas ilhas Galápagos. O último indivíduo conhecido foi um macho denominado "Lonesome George" ("George Solitário", em português) que morreu no dia 24 de junho de 2012. Em seus últimos anos, foi considerado a criatura mais rara do mundo, e é tido como um forte símbolo para os esforços de conservação ambiental nas Galápagos e internacionalmente. George foi visto pela primeira vez na ilha de Pinta em 1 de dezembro de 1971 pelo biólogo americano Joseph Vagvolgyi. A vegetação da ilha havia sido dizimada por cabras selvagens introduzidas pelo homem, e a população foi reduzida a um único indivíduo. Remanejado, por sua própria segurança, para a Estação Científica Charles Darwin, George compartilhou o mesmo ambiente com duas fêmeas de subespécies diferentes, porém embora o acasalamento tenha ocorrido e ovos tenham sido produzidos, nenhum foi chocado com sucesso.





Estimava-se que George tinha entre 60 e 90 anos de idade, e estava gozando de boa saúde. Um esforço mais intenso para exterminar as cabras introduzidas na ilha foi terminado, e a vegetação de Pinta está começando a retornar a seu estado anterior. A presença de tartarugas descendentes de espécies mistas em torno do Vulcão Lobo, na vizinha ilha Isabela, sugere a presença recente de pelo menos um indivíduo da tartaruga-de-pinta em torno do vulcão. Um possível candidato a "puro-sangue" pinta, do sexo masculino e chamado de "Tony", vive num zoológico de Praga.

Existe atualmente uma recompensa de 10 000 dólares para a descoberta de uma fêmea de Tartaruga-das-Galápagos-de-Pinta. Em 24 de junho de 2012, Edwin Naula, diretor do Parque Nacional das Galápagos, anunciou que "George Solitário" tinha sido encontrado morto. Suspeita-se que as causas da morte tenham sido naturais, devido a idade avançada, mas um necropsia para determinar exatamente a causa da morte deverá ser feita.



Então venho após essa apresentação demonstrar qual é a capacidade do homem em desequilibrar todo um sistema natural estabelecido a séculos e provocar a extinção de uma espécie endêmica com apenas a introdução de uma espécie exótica sem estudos anteriores de impacto. Então amigo leitor que tem algum animal que não deseja mais, pense bem aonde você vai soltar esse animal. Além de condenável a prática de abandono de animais, você pode estar condenando também outras espécies a extinção naquela área. Leve o animal a um zoológico, ou ao IBAMA, promova trocas com algum animal que você queira, mas nunca abandone um animal em lugares inapropriados. Quantos Georges Solitários mais faremos desaparecer para entender que cada coisa tem o seu lugar, e não se deve misturar.

Obrigado por lerem, e compartilhem essa mensagem.

:)