Uma equipe da Universidade de Harvard e do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA descobriu que a presa forma um órgão sensorial de tamanho e sensibilidade excepcionais, tornando o apêndice um dos mais notáveis do planeta.
A descoberta aconteceu quando a equipe passou o material da presa num microscópio eletrônico e descobriu novas sutilezas da anatomia dentária do narval.
Os close-ups mostraram que 10 milhões de terminações nervosas saem do centro da presa em direção à sua superfície, em contato com o mundo exterior. Os cientistas dizem que os nervos são capazes de detectar mudanças sutis de temperatura, pressão, gradientes de partículas e provavelmente muito mais, dando ao animal uma percepção única.
Como eles têm o costume de erguer as presas no ar, os cientistas imaginam que elas poderiam servir como estações meteorológicas sofisticadas, permitindo que os bichos farejem mudanças de temperatura e pressão ligadas à chegada de frentes frias e ao congelamento de canais em meio ao gelo.
Tamanho em comparação a humano comum:
Os narvais vivem em pequenos grupos familiares de cerca de 5 a 10 indivíduos, que se reúnem em bandos maiores em zonas costeiras na época do Verão. Nestas alturas estabelece-se uma hierarquização social entre machos, através de lutas que envolvem a presa. Estes animais alimentam-se de bacalhau e outros peixes de águas frias, bem como de cefalópodes. O narval nada com frequência até grandes profundidades em mergulhos que duram até cerca de 15 minutos. A maior profundidade registada foi de 1164 metros e mergulhos até mil metros são comuns.
A população atual da espécie está estimada em cerca de 50 000 indivíduos.
(Caçador exibindo a cabeça de um Narval, cerca de um macho em 500 tem duas presas em vez de uma)
Os narvais foram e continuam a ser caçados por causa das suas presas de marfim. Na Idade Média, a espécie foi explorada pelos vikings que colonizaram a Groenlândia e que faziam do marfim de narval uma das principais exportações da colônia para a Europa. Com o desaparecimento da colônia da Gronelândia, o narval passou a ser caçado apenas pelas tribos de Inuit, que continuam com esta prática por métodos artesanais nos dias de hoje. Com a colonização do Canadá e o advento dos navios baleeiros, os narvais passaram a ser caçados em massa. Atualmente, a caça é permitida com restrições.
Curiosidades:
- As presas de narvais capturados nas águas do Ártico circulavam por toda a Europa medieval como prova da existência de unicórnios. Tais presas seriam dotadas de poderes mágicos e curativos.
(Unicórnio, criatura mitológica)
- Os narvais há muito tempo serviram como principal fonte de alimento para o povo Intuit das regiões árticas. A pele do narval constitui uma importante fonte de vitamina C para esses caçadores devido a escassez de plantações nesta região.
Muito bom, adorei a matéria :) estava curioso sobre esse animal.
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